sábado, 26 de setembro de 2009

irrita-me #9: it doesn't come out!

este post é sobre esta pérola:



Mas calma não acho isto de modo nenhum irritante! São altas as probabilidades de este ser o spot publicitário com mais nonsense-eza e estupidez que já devo ter visualizado! E por isso pertence àqueles casos que "de tão mau torna-se bom", como o filme The Room... É que deve ter sido muito difícil realizar este comercial, porque na minha opinião uma boa publicidade é mais fácil de fazer do que uma tão má que é boa, como é o caso.. Pior que isto dificilmente será feito!

Portanto isto para mim será hilariante (o que é bom). Para mim o irritante é esta letra ser tão fácil de decorar, e então entranha-se na minha consciência e de lá não sai, o que me faz cantarolar esta música o dia inteiro, 24-7 (o que é mau).

Geralmente as músicas que se impregnam no meu cérebro têm qualidade, mas desta calhou a vez à Trinaranjus (perdão, agora deve-se usar o diminutivo Trina) para não sair da minha cabeça... Já dou por mim a cantar mentalmente o jingle, e a fantasiar a menina que contou a piada seca, os que compraram o Gym-power, a que dançou no balcão, e os que bebem Trina para o comemorar...

Please, get out off my head! I'm begging you, Trina!

irrita-me #8: vizinho a batucar






É caso para dizer: UATAHÉLE?

Quero dizer, um indivíduo quer ver Dexter e tem de estar a aturar os batuques de não sei onde! Contando 3 prédios com 3 andares com 2 apartamentos cada (para os mais cognitivamente lentos, são cerca de várias habitações), sendo grande parte delas local de abrigo para, vá, jovens da minha idade ou universitários que por cá dormitam de passagem, será uma tarefa complicada reduzir as fontes do ruído sonoro a um ou dois apartamentos. E quiçá, poderá vir da Igreja da Sra da Encarnação ou do jardim de Sto Agostinho, efectivamente existem as condições acústicas que tornam essas hipóteses plausíveis… Só sei que ele anda por aí, a entrar pelos buraquinhos do meu estore (ou estoro?) e pelo meu quarto dentro!

He’s loud, he’s proud and he’s annoying me!

Isto assim não pode ser! Quero dizer, uma pessoa já não pode estar muito descansadinho no seu quarto a assistir uma pessoa psicologicamente “diferente” a esfaquear e esquartejar assassinos sem ser constantemente perturbado por este caso exemplar de poluição sonora – que por sinal deverá ser o mais irritante de todos os tipos de poluição. Dou por mim a entrar no ritmo da música e vai-se a ver e já não me lembro da torrente de asneiras há pouco proferidas pela Debra (para os não-seguidores, a eloquente irmã do Dexter), e lá tenho de rebobinar uns segundos. Isto é de tirar qualquer um do sério!

O pior é que o ritminho que até já decorei acaba por se desvanecer e nós já nem reparamos, mas depois sou atacado por um outro ritmo, mais agoniante e perturbador que o anterior!

São as maravilhas da vivência em sociedade… Quem precisa da calma do campo quando na cidade pode apreciar uma boa musiquinha de tambores, ou jambés, ou seja o que for que o meu ouvido nem o meu conhecimento musical são muito apurados,? Não é todos os dias que somos confrontados por estes belos exemplos de melodias harmoniosas!

E só as vezes que devo ter parado de escrever este post para ouvir o espectáculo de percussão… Talvez aquela coisa dos homens serem muito básicos até é verdade, porque eu não me consigo concentrar na escrita do texto e na audição da minha banda sonora ao mesmo tempo…

Não, continua lá! Apenas é 1:30h, quero dormir e nem com a janela fechada deixo de ouvir.. Mas pronto, não vou estragar o teu momento, estás lançado desde as 22h! Por favor, continua a tocar, obrigado por me enfiares a tua competência de bateres com as mãos numa superfície de pele ou plástico pelo tímpano adentro!

A sério, eu agradeço, sensei! Mal posso esperar pela próxima!

Imagens
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e
aqui

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

irrita-me #7: a eternidade do carregar o telemóvel



Ontem fui carregar o meu celular, visto que o facto de se aderir a um tarifário com carregamentos obrigatório implica a obrigatoriedade de carregar o dito cujo celular, claro.

Dirigi-me então ao estabelecimento comercial da minha operadora, cuja publicidade não vou efectuar - apenas digo que começa com V e acaba em ODAFONE - porque o prazo de eles retirarem a mensalidade de 10 € (peço desculpa, 9,91€) do costume, por ter aderido a um tarifário que rima com aquela droga recreativa. O quê? Bloqueiam-me o cartão se não tiver 9,91€ nele? Ui que medo! Mas pronto, não estou para me chatear...

Assim sendo, entro no espaço e deparo-me com 3 clientes para ser atendidos. Podia usar a máquina na qual basta inserir a nota e digitar o número do telemóvel, mas o que eu tinha era moedas e acima de tudo a máquina não existia. Restava então esperar.

CLIENTE Nº 1: se não era o seu primeiro telemóvel aquele que ia comprar, bem parecia. Era uma mulher que já tinha passado da crise da meia-idade, e sendo do tempo em que telemóvel ainda não passava de uma ambição, estava sempre a perguntar como se desbloqueia o telemóvel, como se activa o cartão, etc. E foram 3 (as que contei) as vezes que ela perguntou o que fazer ao outro telemóvel que ela tinha e que precisava de reparação, ao que a empregada respondeu que sem nº de contribuinte só podia voltar noutro dia. Mas os poderes manipulatórios de quem já tem uma certa idade (vocês sabem, o "não entendi bem, sou muito velhinha", aquele olhar de cachorro abandonado...)levaram a empregada a melhor e ela guardou o telemóvel numa gaveta e ela depois passaria amanhã com o nº de contribuinte. Vitória para a cliente nº 1!

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CLIENTE Nº 2: ele estava a ver o seu saldo a ser cortado às postos a cada semana que passava. Estuda-se a lição e apesar do homem insistir que não aderiu a nada das promoções do tipo clube Jamba ou a outro qualquer anúncio da televisão, vai-se a ver e ele aderiu a dois desses clubes, um pago outro não, e ele no fim já diz que telefonou para uns concursos na televisão, ou uma coisa assim. A empregada telefona para a central da operadora para identificar os clubes e como sair dos mesmos. Seria de pensar que a história acabasse aqui. Mas não! O homem está muito revoltado por lhe terem roubado o dinheiro sem ele ter aceite algo, acha que a operadora também é responsável por não tentar parar este tipo de publicidade enganosa. Aí a empregada mostra aquelas duas facetas: a pessoal, contando episódios da sua vida em que também aderiu a esses clubes na espectativa de ganhar um voucher da Zara (veja-se lá) e quando soube que tinha aderido a um clube desistiu logo, e quando telefonou para o serviço de atendimento o brasileiro foi muito mal-educado; e a profissional, dizendo que a operadora não pode ter responsabilidade desta actividade, apenas funciona como intermediário, e que as pessoas é que devem ter cuidado com estes serviços. Pois, porque estas coisas causam repúdio à rapariga, e ela acha que deve ser ilegalizado! Mas se o senhor quiser pode aderir a um movimento que pretende acabar com isso, até lhe digo o nome... Ah, e entretanto o cliente nº 3 juntou-se à festa, porque também o tinham feito isso, tiraram-lhe 4 euros por semana durante 2 anos, o coitado! E também lhe tinham atendido um brasileiro que também foi muito mal-educado. Teria sido o mesmo?, é uma pergunta muito pertinente que me coloquei na pasmaceira da altura.
E eu a ver este triste espectáculo, com o dinheiro já quente nas mãos e a bufar de impaciência. Talvez um pouco menos de ingenuidade ajudasse estas alminhas, que nem eu tenho tanta! E discutiram que não tinham assinado um contrato para lhes estarem a roubar dessa forma, que a culpa é da operadora, que é uma pouca-vergonha, que era acabar com isto tudo... No fim 2 brasileiros foram escorraçados, os clubes foram cancelados e o dinheiro não foi devolvido. Vitória para a ignorância de uns que enriquece outros!

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CLIENTE Nº 3: já com os ânimos mais calmos, ele pediu por um carregador para o isqueiro do automóvel compatível com o o celular dele, não tenho pudor em dizer que era um samsung. Vamos procurar, pensa a rapariga! Tira um, tenta ver qual é o modelo do telemóvel e se está na lista da embalagem. Não está. Vamos procurar outra vez! Procura e encontra outra, mas também não deve dar, e outra, e outra. Mas esperem, talvez seja esta! Sim, está na lista do reverso da embalagem! Então são 18,50€ (até decorei, deveras impressionante)! Mas como isto da Samsung não é de fiar, é melhor experimentar... Olha, não dá! Bem, então vou ter de anular a compra... Mas deixe-me ver melhor! Bem, vou experimentar com este carregador, não custa! Olha, também não dá... Espere, encontrei um compatível com o seu! Oh, este carregador é para a tomada, não é para o isqueiro... Bem, vai ter de procurar noutro sítio, desculpe o incómodo!

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Sou eu! Uau, e só precisei de esperar meia-hora!
Dou o meu número do celular, a quantia que desejo carregar e o respectivo dinheiro. Isto em menos de 30 segundos.
E saio dali em direcção a casa, cansado do meu primeiro dia de escola (e primeiro dia de acordar muito cedo) e fulo da vida, perguntado a Deus porque é que naquela loja não há uma máquina que carrega telemóveis, e que aceite notas e moedinhas. Se ele é assim tão bom tinha-se esforçado um pouco mais nesse aspecto!

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

irrita-me #6: e depois o gelo fica preso ao copo

Mas sabe bem aquelas vezes em que o meu pedido é realizado, e trazem-me a bica cheia e o copo com três ou quatro pedras de gelo. É bom, é refrescante e é barato, não há nada melhor.

Ponho o açúcar na bica, mexo vigorosamente, e com muita cautela insiro a bica no copo com gelo, tentando não desperdiçar nem uma única gota.

Espero uns segundos, o café esfria, o gelo derrete. E começo a beber aos niquinhos, porque apesar do café diluir-se não deixa de ser pouco. E sabe muita bem, como sempre!

E por vezes, quando demoro muito tempo a beber, o gelo derrete na totalidade. Mas eu prefiro quando isso não acontece, quando ainda há umas pequenas pedrinhas de gelo na base do copo. E aí levanto o copo e espero que o gelo desça em direcção à minha boca, para que eu o possa trincar. Trincar gelo é o último ritual do consumo do café com gelo, e se calhar é o que eu gosto mais. Ainda mais refrescante e ainda mais barato! E tal como o acto de beber o café também tem de ser feito com muita calma, porque é bom até ao ponto que a nossa língua começa a ficar dormente, e começa a ser uma tortura em vez de um prazer... Porque não sabemos se havemos de cuspir o gelo e acabar com a "dor" (desperdiçando assim gelo) ou continuar a chupar até que o gelo derreta um pouco mais e que a "dor" diminua.

Mas eu até gosto dessa "dor", porque aí calor não temos de certeza. O que me irrita é quando nós levantamos o copo para que o gelo desça, e ele não desce. Esperamos, esperamos, e ele não desce. E aí parece que a frustação toma conta de nós.

Damos uma pancadinha no copo e não desce, o gelo limita-se a andar à roda no fundo do copo, sem descer. Começamos a amaldiçoar a capacidade de coesão da água devido à pontes de hidrogénio, se é essa a razão do gelo nãoe descolar do fundo do copo.

Damos mais umas pancadinhas e o gelo goza connosco, rodando lá no fundo. Começamos a ter uma enorme sede e a dizer uma torrente de asneiras, como nunca dissemos.

O problema é que as pancadinhas não podem se muito grandes, temos que praticamente dar festinhas. Porque dar grandes açoites no copo enquanto ele está na nossa boca pode causar sérios danos nos lábios, gengivas ou dentes, devido ao impacto do copo na nossa boca...
E essas pancadinhas só ser feitas na nossa boca, porque se for fora da boca, apesar de termos de termos a liberdade de dar pancadas com a intensidade que quisermos, corremos o risco do gelo se descolar do fundo e acabar por cair na mesa. E nós queremos que ele caia na nossa boca.

Portanto é esperar que as pancadinhas/festinhas resultem e o gelo finalmente caia do copo para a nossa boca de modo a nos refrescarmos, ou resignamo-nos e esperamos que o gelo derreta, para que nos limitemos a beber água fria. Mas água fria não é gelo, e nós queremos gelo! Mas gelo não pode ser.

E no fim choramos que nem uma madalena por esta retumbante e humilhante derrota.

irrita-me # 5: não há gelo?

Vou admitir agora em público que a minha bebida preferida é o café com gelo.

Refiro-me ao literal café com gelo:



E não a esta bodega que comercializaram este verão:



É que sabe muita mal!!! Quem é que teve a ideia de juntar hortelã `mistela? Acho que para um "ice coffee" deveria bastar café gelado...

Mas não é isso que me chateia.

Acho que não passa um dia das minhas férias do Verão que eu não vá a um café e peça um café cheio (quanto mais, melhor!) e um copo com gelo, para de seguida inserir o café no dito cujo copo e esperar que a sua temperatura baixe. E devo dizer que faço tal pedido que um caditinho de "nariz empinado" (agora já não tanto!), digamos, porque até é interessante ver a cara de estranheza de alguns empregados quando eu peço essas duas coisas totalmente opostas, e imaginam o que eu vou fazer com elas - geralmente correspondendo à realidade, mas que para eles não deixa de ser invlugar e impossível de ser bom. Mas como eu sei que é muita bom, eu peço! E o senhor empregado que se rejubile por lhe ter introduzido na mente uma bebida refrescante, talvez a melhor que alguma vez lhe pediram!

Bem, há esses empregados, e depois há aqueles que me dizem: "Gelo? Não temos."
Não têm??? Como é que é possível um café não ter gelo no Verão? Entendo que café com gelo não seja muito normal pedirem, mas uma coca-cola com gelo, apesar de não ser um pedido tão brilhante, é muito vulgar! E o que é que eles fazem com esses pedidos? Limitam-se a dar uma Coca-cola morna? É que não é como o café que também se pode beber quente...
E nem é preciso falar de satisfazer pedidos. E quando o gelo passa a ser uma necessidade? Por exemplo, alguém cai no degrau da entrada do café e bate com o joelho no chão e com a testa na quina da mesa mais próxima à porta. Esse indivíduo está a ganir de dor, que só pode ser suprimida com um bom saco de gelo. "Desculpe, gelo não temos, mas sempre pode passar a testa e o joelho pela água da torneira, que até está fresquinha..." Resultado? A dor não passa, e torna-se mais difícil esquecer para a vítima. Resultado? Processo contra o café e o maldito degrau!

Portanto eu não percebo como é que um café não entra em falência quando não tem gelo, porque deve ser 73% dos pedidos que não são satisfeitos. E se não é por essa razão é porque chovem processos para cima do café resultantes da falta de gelo. Mais fácil seria a ASAE tornar obrigatório a presença de pelo menos dois quilogramas de gelo na máquina refrigeradora do café, e assim podia fazer o meu pedido.

Porque não tendo gelo, tenho duas opções: peço o café quente ou outra coisa qualquer. Mas o café quente é pró Inverno, não se adequa ao Verão! Mas eu preciso da minha cafeína refrescante... E aí acabo por pedir uma coca-cola (nada de coca-cola zero, eu quero a cafeína) ou um gelado de café, e saio derrotado e extremamente irritado com a falta de bom senso do estabelecimento, ou talvez com a preguiça do gerente em comprar sacos para fazer gelo ou cuvetes.