quinta-feira, 22 de outubro de 2009

irrita-me #11: filas dos hospitais



Bem, como aqui já foi referido logo no dia seguinte fui ao hospital para ver se me arranjavam o dente, com o bocadinho da massa no bolso. Nem sabia no que me estava a meter.

o dia anterior, no mesmo dia em que parti o dente, fui logo ao hospital paa saber se podiam arranjar logo a altura. Pois claro! Estomatologista só há às terças e quintas de manhã, ou uma coisa assim. Ainda bem que o dia seguinte era terça, era só faltar a uma aula e já está. Pois claro!

Então acordei à hora do costume mas em vez de ir para a esquerda para a escola virei para a direita, apontando para o hospital.
Como era de modos que uma urgência, pelo menos para mim, dirigi-me às urgências, até porque não conhecia outra entrada do hospital, foi sempre por aí. E como tinha a sorte de ainda possuir 17 anos pude entrar na parte da pediatria, onde ainda não estava ninguém, porque se fosse na salinha dos adultos a espera que me esperava era bem grande. Portanto era logo atendido. Pois claro!

Espera 1: O problema é que o balcão de recepção atendia a pediatria e a obstretícia. E devo dizer que nunca vi tanta grávida no mesmo compartimento, nem sei bem por onde surgiam. Ou seja, até a única funcionária as despachar foi uma hora ao balcão. Mas fui atendido. E disseram-me para... esperar, pois claro!

Espera 2: Pois esperei. Mais meia-hora à porta na expectativa de chamarem pelo meu nome através do comunicador que me permitisse atravessar o portal. E lá chamaram. Mas fui logo atendido? Pois claro! Era apenas uma mulher que registou o computador o acontecimento e deu-me uma pulseira super cool. No fim disse para esperar na sala.

Espera 3: E claro que esperei (habituem-se a esta palavra, não fiz outra coisa). Mais uma meia-hora, para que fosse chamado pelo mesmo comunicador que me dirigiria a um médico que soubesse o que fazer. Pois claro! Quando atravessei o portal novamente...

Espera 4: ...esperei mais 10 minutos umas cadeiras para que uma enfermeira me dirigisse ao balcão das consultas externas onde marcaria a consulta de estomatologia. Estava mais perto de ter a minha detição de volta... Pois claro!

Espera 5: Estava à espera de um balcãozinho com umas 20 pessoas, era um hiper-balcão com 8 sítios de atendimento. E deviam estar à espera mais de 100 pessoas à sua volta. Parecia que tinham aberto as comportas dos lares, ou que era dia da consulta dos indivíduos de 3ª idade, porque os velhos dominavam o território. E depois de senha tirada, esperei. 20 minutos, desta vez. Lá a senhora robótica do computador me chamou e lá fui marcar a consulta para a estomatologia, onde pensei que seria só mais uma meia-hora. Pois claro!

Espera 6: Deviam estar 25 pessoas num escaninho de 10m2, claro que era para estomatologia e neurologia, mas as consultas de dentista não costumam ser breves, e logo quando só há um. Apaguei a caixa de mensagens lotadas, falei ao telefone com pessoas perplexas com a minha situação, li jornais, li muitos jornais, resignei-me à espera, entrei em pânico pela espera ser tanta e já tinham passado o meu número, mas o fim ouvi o meu número. Hora e meia depois. Mas ia te o meu dente de volta! Pois claro...

"Então mostra lá o que te aconteceu. O quê, guardaste a massa? Pois isso não te vai servir para nada, não colamos massa. E não temos por aqui massa desta cor, acho eu. Bem, vais ter de voltar para a semana, aí já te podemos pôr a massa e terá o teu dete de volta. Humm, não vá o diabo tecê-las é melhor marcar um raio-x aos dentes, porque não? Até para a semana!"
Escusado será dizer que saí de lá um poucachiho frustrado, irritado. Uma manhã perdida para marcar uma consulta de estomatologia? Uma semana com a dentuça partida, alvo de chacota por 7 dias? 168 horas sem conseguir comer, falar, roer, viver? Maldito pacote de ketchup!!!

Espera 7: Voltei ao hiper-balcão para registar a consulta. Mais um quarto de hora, vá. Mas ainda tinha de ir marcar o raio-x, sabe-se lá porquê.

Espera 8: 30 pessoas na Imagiologia, claro que não era tudo para marcar consulta, mas para isso era preciso tirar uma senha que as funcionárias não estavam a chamar. Portanto era meter-me na fila que se formava e esperar que fosse atendido, mas na confusão só seria um quarto depois. E quando a funcionária estava a marcar a consulta, reparou que a hora de marcação de estomatologia estava para as 12:30 em vez das 17:30h.
Tive que voltar à estomatologista para falar com o senhor doutor e falar no engano, mas aí não quis esperar, foi logo.

Espera 9: Problema resolvido fui de volta à recepção nas urgências pediátricas para buscar a declaração para justificar uma manhã perdida a escola. E arrancaram-me a minha pulseira super cool! Mais outro quarto de hora perdido.

Ahhh, por pouco não chegava às 10 esperas!
E devo ter saído de lá ás 12:30h, irritado comó caraças, que eu detesto esperar, especialmente se é para ada. Agora só volto a meter os pés num hospital para arranjar o dente na terça ou se tiver demasiado inconsciente para recusar!

Cumps

imagem aqui

aparte secundário!

E já agora, alguém já viu aquele anúncio publicitário do Hextril, em que a mulher fala de todas as coisas que ela agora consegue fazer desde que começou a tomar esse dito elixir, não da vida mas sim da higiene dentária e bocal?

Ela fala que pode dar boas trincadas na comida, etc e tal, já sabem como é, e a meio mostra que já coosegue abrir pacotes de molhos com os dentes! Isto é um ultraje!

Não sei se será mania da perseguição, mas isto só pode ter sido feito para me irritar! Que outra razão é que haverá?
Se se é mesmo assim etão devo dizer que vós, senhores da publicidade da Hextril, falharam redondamente na vossa missão, que apenas deu-me vontade de rir quando visualizei essa pequena pérola...

Infelizmente ainda não encontrei esse anúncio, mas com todo o gosto o porei aqui assim que o encontrar...

Cumps

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

irrita-me #10: dente partido


(não é o meu dente, não me ia expor dessa forma!)


Partir um dente deve ser dos acidentes mais irritantes que nos pode acontecer, e até aposto a minha vida nisso. Não dói muito, apenas incomoda. Fazemos figura de urso a comer e a sorrir. E depois é um balúrdio para corrigir esse defeito hilariante por nós recém-adquirido.

Já para não falar no desagradável que é enquanto não se arranja, porque além de sermos vítimas de chacota reparamos logo que aquele bocado de dente faz muito mais falta do que pensamos. Para começar é um buracão onde se afunda o lábio e se enfia a língua e que nunca nos faz esquecer da idiotice que cometemos. Depois a parte onde o dente foi partido é bem áspera, tentem por uma lixa no dente e se multiplicarem por 26 estarão próximos da impressão que faz passar com a língua sobre essa superfície, trazendo apenas nostalgia da polidez de um dente. Depois começamos a falar a assobiar e a mastigação torna-se difícil porque vemos a comida toda a escapar-se pelo buraco, por mais que tentemos é impossível fechar a boca – o que é desagradável. E também há uma enorme quantidade de hábitos que temos de abdicar, como roer as unhas, trincar uma maçã, morder e arrancar a linha da camisola… Já para não falar que é muita feio estar desdentado. E muito mais coisas que não desejo a ninguém.
E sei do que estou a falar, porque já parti muito dente. 4 vezes. Sempre nos mesmos incisivos superiores, logo os mais visíveis. Hoje foi a quarta vez que parto esses dentes, e talvez da forma mais estúpida.

Agora vou contar-vos a história dos meus incisivos! “Era uma vez um par de incisivos que foram logo dos primeiros a nascer. Queriam sair da gengiva e conhecer o mundo, portanto empurraram a dentição de leite para fora da boca. Mal eles sabiam o que lhes esperava, um rol de acidentes, de tragédia, de decepação, de poda, de colocação de massa. Nunca mais viriam a ser os mesmos…”

STRIKE 1: Estava eu no 3º ano e pedi à senhora professora (no 1º ciclo “stora” é heresia) para ir à casa de banho, desconhecendo o chão escorregadio que me esperava. Como era altura de aulas, as funcionárias não viram mal em lavar o pavimento. O tanas! Quando cheguei lá fiz o que tinha a fazer mas na altura de sair, o que é que aconteceu? Escorreguei, como podiam adivinhar! Mas não foi um escorregar para trás que qualquer um espera. Não, o meu foi para a frente! Sem tempo de reacção, não consegui proteger-me com os manápulos e caí com a cara. Mais propriamente com os dentes. E partiram-se. Na altura não foi muito, deve ter sido 1/10 por cada um dos 2 dentes da frente. Levantei-me sem choradinho, e fui para a aula, à espera que ninguém repare. Não sei porque é que não quis que ninguém visse, talvez por medo que gozassem ou que a stora (perdão, professora) ralhasse. Mas tive sucesso nessa missão de passar despercebido, porque acho que ninguém reparou nesse dia…

STRIKE 2: Já no 6º ano, se não me engano. Estava eu num episódio de brincadeiras infantis que só lembram ao diabo e a putos do 6º ano, e então dá-se a tragédia. Acho que era uma espécie de apanhada, quando que fulano empurra sicrano, que empurra beltrano, que me apanha desprevenido e me empurra a mim, feito um dominó. Mais uma vez não houve tempo de reacção até porque fui apanhado desprevenido, e mais uma vez uma queda para a frente, pelo que a minha cara entra em contacto com o chão. Desta vez a decepação foi maior, acho que os dentes ficaram reduzidos a 7 ou 8/10, e tinha dentes bem grandes! Ainda me foram dar os bocados de dente que eu tinha “deixado cair”, mas num episódio de, vá, nervosismo (daquele que já dá direito a choradinho) e raiva mandei-os para loooongeee…….. Não ia guardar como recordação deste magnífico episódio! E mais tarde, quando a escola me levou ao hospital, vim a saber pelo estomatologista que se tivesse os bocados que lancei fora bastava colá-los de volta. Ainda bem que os atirei, ficar com dois dentes em forma de bico e a arrepanhar o lábio de baixo é muito melhor

STRIKE 3: Já no 8º ano, brincadeira ainda mais estúpida. Cheio de bazófia decidi saltar um arbusto que estava num muro de 50 cm. O problema é que no momento do salto não vi um arame que passava sobre o arbusto. Escusado será dizer que o meu pé enfiou-se no arame, por lá se prendeu e assim com o pé preso e já no ar a queda será inevitável. E foi. E esta queda foi bem feia, porque além de ficar preso com o pé esperava-me uma queda de 50 cm, portanto a probabilidade de cair inclinado para baixo com a cabeça era alta. Probabilidade cumprida com sucesso, que mais uma vez vi os meus dentes da frente a impactar sobre o chão e desta vez a estilhaçarem-se. Devo ter ficado com 6/10 ou metade dos meus dentes da frente, que o resto já foi. Sorte foi eu fazer esta idiotice a caminho de casa, portanto o seguro pagou o restauro!!!!!!! Haja algo de bom em tanta coisa má… Quando concluí a colocação da massa, já a minha língua e os meus lábios há muito se tinham esquecido como eram uns incisivos normais…

Mas o que é bom tem de acabar!
STRIKE 4: Eis o partir de dentes mais estúpido. E foi muito simples até. Estava eu a almoçar quando me apetece temperar com molhos, portanto pedi daqueles pacotinhos de maionese e ketchup. Como a embalagem parecia inviolável comecei a roer o pacote, até que oiço um estalido cuja origem desconhecia, até sentir com a língua o dente sem massa com a língua e ver esse bocadinho colado com saliva ao pacote. E assim foi, parti pela última vez os dentes ao roer um bocado de plástico.

Como poderão adivinhar, já nem triste nem nervoso estou por me ter acontecido 4 vezes. É mesmo só IRRITADO. Porque se existe algo parecido com o karma o com justiça divina, gostava de saber o que é que eu fiz para merecer que os meus dentes se partam 4 vezes. Basta uma para aprender que é muito desagradável! Só num dia já estava a ver-me aflito a comer esparguete sem que ele escorregasse pela cova criada, ou a falar sem que as pessoas se riam da minha dentadura, ou a assobiar quando digo alguma palavra com F ou outras letras.

Mas desta vez aprendi a lição, tenho a massa embrulhada num guardanapo pronta para que o estomatologista ma cole ao dente amanhã! E até justificação tenho para faltar à aula de Português, e quem sabe ao turnos… É necessário ver as coisas mais positivas das enfermidades mais irritantes!

foto aqui

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

aparte!

Um pequeno post para quebrar a estrutura normal deste blog! Mas alturas desesperadas requerem medidas desesperadas… E não ia deixar escapar esta pérola!

É que encontrei este artigo num folheto publicitário de uma cadeia de supermercados que começa e acaba com L e que tem ID pelo meio… Já adivinharam?
E foi isto que me captou a atenção:



UM GIM POWER!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!



Igualzinho ao da publicidade da Trina, o irrita-me nº 9!!!
Awesome,man... Digno até de ir para o meu blog rival…

Acho que isto merece o 39 euros que custa e merecia muitíssimo mais, o conhecimento de que não estamos sozinhos no mundo porque houve mais alguém a comprá-lo e saber que há uma rapariga na praia que contou uma piada seca que pode contar connosco é daquelas coisas que não tem preço…
Ora aí está uma boa proposta para aquelas publicidades da marca da Mastercard, se não me engano...
"Há coisas que o dinheiro não compra; para todas as outras há o Mastercard. Portanto compre já e ainda pode receber um conta-passos e desconto de 2% no seu AbdoMagic, no seu GlúteoBuilder ou no FlexiBicep!"