sexta-feira, 10 de julho de 2009

Prefácio ou preâmbulo? Ou simplesmente introdução?

Olá. Este é o meu blog.

E perguntam vós: “Que raio de blog é este?”

Bem, vou passar a explicar, tal como é moda se fazer na primeira entrada para o dito cujo.

Um dia destes estava eu na Internet, sem nada para fazer na sua imensa vastidão e qualidade que me assombra todos os santos dias, que me deparo com um site blogocórico que reparei ser vencedor dos Webby awards deste ano, cuja lista de vencedores me apeteceu consultar para fazer uma breve triagem da maravilhosa invenção que é a Internet.
O nome do site blogocórico? “1000 Awesome Things” - para quem não possui o cada vez mais vulgar talento de entender o Inglês, significa “1000 coisas fantásticas” (ou espectaculares, ou extraordinárias, ou magníficas, ou espantosas, ou estupendas, ou surpreendentes, ou incríveis, ou formidáveis, ou maravilhosas, como quiserem!). Pensei que era alguma referência ao Barney de “How I Met Your Mother” (sabem, o mulherengo que só sabe dizer awesome e legen – wait for it – dary!), mas não. É simplesmente um site blogocórico em que se tentam enumerar todas as coisas fantásticas que nos acontecem mas que nunca reparamos.

Devorei umas 100 entradas de uma só vez, e tinham todas muita piada, eram todas surreais e estranhas mas não deixavam de fazer sentido. Do tipo "Pois ééééé!!! Nunca tinha reparado… É deveras fantático! Ahahahah!" (recuso-me a pôr lol, acho irritante)
Mas apesar de tudo cheguei ao fim e disse para mim mesmo: “ Caramba, se ao menos o mundo fosse assim tão engraçado e perfeito! Sim senhor, o mundo tem a sua dose de coisas boas, mas a dosagem que nos apresenta de coisas más é bem maior! Aposto que há mais coisas irritantes que nos levam a praguejar e a desejar que nunca tivéssemos aparecido por cá do que as coisas fantásticas que nos fazem agradecer a quem nos pôs neste planeta [não falo de Deus, mas sim dos nossos progenitores, eles sim têm esse mérito]. Que eu saiba as coisas estúpidas e irritantes fazem um mau dia, e as coisas porreiras não fazem um dia bom, nem sequer reparamos nelas [e por isso até agradeço ao 1000 Awesome Things!].” Não é verdade caros leitores (a esta altura, inexistentes)?

E nessa altura ocorreu a maior epifania da minha curta vida, imaginem uma lâmpada a acender-se em cima da minha cabeça (mas das poluentes, porque essas brilham logo e as ecológicas demoram muito tempo até que tenham uma luz minimamente aceitável).
Foi aí que disse outra vez para mim mesmo: “Já sei. Jordão [nome fictício], vais criar um blogue com 1001 coisas irritantes! Decerto vais encontrar pelo menos mais uma coisa irritante do que o número de coisas fantásticas que os senhores do site blogocórico se comprometeram a encontrar! E vai ser o maior blogue de sempre! Talvez não, mas vais conseguir pelo menos 10 leitores!”

E, 2 meses mais tarde, surge então o blogue, e 3 meses mais tarde a sua primeira entrada.

Considero isto como trabalho comunitário, uma procura do Mal neste mundo em nome do Bem. O site blogocórico procura as coisas boas que devemos dar graças, eu as más para que nós sejamos confrontados com elas e talvez lutar pela sua extinção. Que eu saiba a desintoxicação dos bêbados (desculpem, alcoólicos), drogados (esse não peço desculpa porque ainda é politicamente correcto. Ou não?) e outros viciados em compras, sexo ou trabalho passa por reconhecerem aquilo que têm.
É mais ou menos aquilo que a partir de agora vou fazer. E espero ser reconhecido com um Webby Award por essa razão. Ou pelo menos 10 leitores.

Agora, desfrutem do que espero não ser um projecto que eu vá abandonar, feito um diletante (ler “Os Maias” ainda tem a sua utilidade, dá para aprender palavras novas).
Em nome do Bem, não o posso consentir!

Ah, já agora ponho aqui o link do site blogocórico: http://1000awesomethings.com/

Cumps